É foda ter um bebê em casa. Aliás, acho que isso é uma das únicas coisas unâmimes dentre nós, este vasto mundo palpiteiro. É foda: foda de muito-muito-bom, pois nos dias bons é bom demais - bom de você achar que o coração vai dar um pinote e parar de tanta doçura e amor na vida. E é foda de muito-muito-ruim, porque tem muita angústia pelo caminho.
E hoje é um desses dias de angústia pra mim. Acabo de acordar parecendo que saí de um ringue de box. Nem é que a noite tenha sido tão ruim assim - pra ela. Pra mim, tive, como tenho tido, insônia, coisa antes que desconhecia. Acordo pra acudi-la 2, 3 vezes por noite por 30, 40 minutos cada vez e deixo de dormir as próximas 2 horas, rolando na cama, esperando com a barriga gelada pelo próximo grunhidinho da fofa ao lado.
Mil coisas na cabeça... "Meu leite vai acabar, tô sentindo, o peito já não estufa (e eu não vou nunca mais ver esses olhinhos de farol desse ângulozinho privilegiado da mamada que é só meu?!); quem mandou dar complemento? Idiota, devia ter insistido mais só com o peito... Será que a dor de ouvido é por causa da água que deixo entrar no banho? Todo mundo já tinha me avisado... E esse nariz entupido? Ah, não, não vou deixar ela dormir no bebê-conforto como mandou a médica, não, é horrível! E a fralda suja e a blusa golfada que eu ignorei? É que se trocasse ela acordava e eu não queria que ela acordasse tão cedo (la-puta-madre-desnaturada)..."
Tem dia em que sou valente. E boa pro negócio. Pego a batuta e vou feliz pra regência desse mundinho de Manú. Tudo vai acontecendo engatilhado e em harmonia. Acabo o dia tomando com o pai o nosso vinhozinho e lhe contando o quanto ela é um anjo e o quanto eu e ele somos as pessoas mais sortudas do planeta.
Mas tem outros tantos dias em que o bicho pega e eu saio, como ontem, chorando do consultório da pediatra. "Não é nada não, Drª, não sei explicar; juro que não tô triste; juro que não tá sendo tão difícil assim; mas, fazer o quê, essa palavrinha mágica que a senhora tá pronunciando aí o tempo todo - Manuela - tem esse poder de abrir as comportas dos meus canais lacrimais... Deve ser inveja, é isso, inveja dela: eu acho que também queria deitar aí nessa sua maca, ver papai me adulando, receber esses sorrisos todos seus e depois ir direto pro colinho da minha mãe..."
Falando em colinho, a princesinha acordou. Que bom, tava com saudades... (e culpa pela fralda suja e a blusa golfada das 4 da manhã...). Deixa eu ir lá. Quem sabe hoje não é dia de concerto?
E hoje é um desses dias de angústia pra mim. Acabo de acordar parecendo que saí de um ringue de box. Nem é que a noite tenha sido tão ruim assim - pra ela. Pra mim, tive, como tenho tido, insônia, coisa antes que desconhecia. Acordo pra acudi-la 2, 3 vezes por noite por 30, 40 minutos cada vez e deixo de dormir as próximas 2 horas, rolando na cama, esperando com a barriga gelada pelo próximo grunhidinho da fofa ao lado.
Mil coisas na cabeça... "Meu leite vai acabar, tô sentindo, o peito já não estufa (e eu não vou nunca mais ver esses olhinhos de farol desse ângulozinho privilegiado da mamada que é só meu?!); quem mandou dar complemento? Idiota, devia ter insistido mais só com o peito... Será que a dor de ouvido é por causa da água que deixo entrar no banho? Todo mundo já tinha me avisado... E esse nariz entupido? Ah, não, não vou deixar ela dormir no bebê-conforto como mandou a médica, não, é horrível! E a fralda suja e a blusa golfada que eu ignorei? É que se trocasse ela acordava e eu não queria que ela acordasse tão cedo (la-puta-madre-desnaturada)..."
Tem dia em que sou valente. E boa pro negócio. Pego a batuta e vou feliz pra regência desse mundinho de Manú. Tudo vai acontecendo engatilhado e em harmonia. Acabo o dia tomando com o pai o nosso vinhozinho e lhe contando o quanto ela é um anjo e o quanto eu e ele somos as pessoas mais sortudas do planeta.
Mas tem outros tantos dias em que o bicho pega e eu saio, como ontem, chorando do consultório da pediatra. "Não é nada não, Drª, não sei explicar; juro que não tô triste; juro que não tá sendo tão difícil assim; mas, fazer o quê, essa palavrinha mágica que a senhora tá pronunciando aí o tempo todo - Manuela - tem esse poder de abrir as comportas dos meus canais lacrimais... Deve ser inveja, é isso, inveja dela: eu acho que também queria deitar aí nessa sua maca, ver papai me adulando, receber esses sorrisos todos seus e depois ir direto pro colinho da minha mãe..."
Falando em colinho, a princesinha acordou. Que bom, tava com saudades... (e culpa pela fralda suja e a blusa golfada das 4 da manhã...). Deixa eu ir lá. Quem sabe hoje não é dia de concerto?
ps: ao lado vai foto da bela com o Jujú, maior das testemunhas das minhas angústias noturnas...