sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Vai um sorriso aí?

Se Manú soubesse o poder desse sorrisinho que ela começou a disparar há uns dias... É só os cantinhos da boca dela insinuarem se esticar um pouquinho pros lados e ela derrete imediatamente quem estiver na frente, que se rende ali na hora, pactua com ela no ato. Fico pensando de onde vem isso, essa ternura enorme, essa esquentada no peito, que dá ao vermos, para nós, um sorriso de bebê apontado. Só pode ser coisa do bebê que ainda somos, e pra sempre seremos (não importa quanto verniz de adulto a vida já tenha nos pregado), dando sinal. Papai, mamãe, vovôs, vovó, tias, tios, transeuntes anônimos: é o bebê que não morre em ninguém que, fico imaginando, enlouquece com o sorriso do bebê presente de Manú. Esses bebêzinhos eternos que somos e que tudo, tudo, tudo o que querem se resume a serem tidos como especiais, únicos pra alguém, quem sabe; serem cuidados, aceitos e amados do jeitinho que vieram ao mundo, nem mais nem menos. Nós, essas pessoinhas que cresceram e infelizmente aprenderam rápido que pedir isso aos outros assim expressamente, direto, na lata, pode assustar e pegar mal - pior, pode render efeito contrário. Então o "melhor" é manobrar com todos os subterfúgios já inventados (e inventados exatamente pra isso), como ser bacana, bonito, inteligente (pra ficar só nos positivos), tentando dar corda no amor dos outros que tanta falta nos faz. Por isso, acho, sermos tão fortemente abduzidos por esse simples esboço de sorrisinho. Tão simples, tão sincero, tão imediato, tão aliviador: te viu e gostou do que viu. Sorriu.

(...)

Enquanto rezo todo dia pra Manú soltar vários desses risinhos pra sua babá - e assim ajudar a amarrá-la de vez aqui em casa (; -, tenho recebido alguns deles só pra mim! O primeiro, há uns dias atrás, foi assim de repente, sem ensaio que eu percebesse. Voei na hora pra pegar a máquina e, repentindo a gracinha que tinha feito com ela, consegui a proeza de filmar o segundo sorriso de Manú pra sua orgulhosa mamãe. Aí no vídeo ao lado (começa com um chorinho, mas no final tem o sorriso!).

3 comentários:

Eu disse...

Ai, que coisa mais gostosa!!!! Parabéns pra vc e pro Patrick!
Beijo,
Raquel

Dani Guima disse...

Bia,
engraçado você refletir sobre essa reação que os adultos têm de empatia imediata com os bebês. Meu marido, o Kico, é totalmente darwiniano. Ele ama as tais teorias da evolução... e se arrisca a inventar algumas. Segundo ele, essa reação de o bebê desconsertar os adultos e arrancar, rapidamente, sorrisos e afagos é uma artemanha da mãe Natureza para que o neném seja sempre atendido nas suas necessidades de sobrevivência - pois nenhum adulto, em sã consciência, conseguiria resistir aos charmes infantis... hehehe!
Agora você vai ver... é uma novidade atrás da outra. Já já vai começar a rolar, a rir com barulho, a gargalhar mesmo! Hoje, por exemplo, vamos ter que baixar o berço da Rafa, pois na hora do almoço a mocinha apareceu ajoelhada, com as duas mãozinhas na beira do berço, fazendo força com as perninhas para se levantar. hahaha... Enfim, é a vida que segue e nossas filhotas vão nos encantando e nos ensinando muitas lições!
Aproveita, que passa rápido! ;)
bjs, Dani.

Padu disse...

O horário que você normalmente manda suas mensagens é desesperador. Ainda bem que podemos lê-las no horário comercial. E ter muito prazer nisso.
Um beijo.